Reforma tributária: Entenda tudo sobre as mudanças
Esses grupos vão cuidar das regras e administração dos novos Impostos Sobre Valor Agregado (IVAs), que vão substituir os impostos que existem atualmente. Isso significa uma grande mudança na forma como pagamos impostos, buscando tornar o sistema mais eficiente e adequado para a situação econômica do país.
Esse conjunto de mudanças promete remodelar significativamente o cenário tributário do país, impactando tanto indivíduos quanto empresas. Um dos pilares fundamentais dessa reforma é a simplificação do sistema, visando reduzir a complexidade que historicamente caracterizou a legislação tributária brasileira.
Mas antes, vamos entender melhor o funcionamento do sistema tributário brasileiro:
De forma geral, o sistema pode ser financiado por quatro vertentes: renda, folha de pagamento, propriedades e consumo. No Brasil, o foco principal é nos impostos sobre o consumo, que representam cerca de 41% de todos os impostos.
Tanto o governo federal quanto os estados e municípios têm o poder de criar, cobrar e fiscalizar impostos, o que gera alguns problemas, principalmente quando se trata dos impostos sobre o que as pessoas consomem.
A reforma tributária aprovada buscou, justamente, ajustar a tributação sobre o consumo.
Antes, tínhamos vários impostos diferentes, como ISSQN, ICMS, IPI, PIS e Cofins. Agora, esses foram unificados em três impostos: CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços — cobrado pelo governo federal), IBS (Imposto sobre Bens e Serviços — cobrado pelos estados e municípios) e o IS (Imposto Seletivo — cobrado pelo governo federal).
Essa reforma tem como base alguns princípios importantes:
- tornar o sistema mais simples,
- garantir justiça fiscal (cobrar de acordo com a capacidade de cada um),
- manter a quantidade total de impostos,
- ser eficiente,
- mostrar de forma clara quanto os impostos custam aos consumidores ,
- proteger o meio ambiente.
A proposta busca equilibrar a carga tributária de maneira mais equitativa, promovendo uma distribuição mais justa dos encargos entre diferentes setores da economia.
Essa abordagem visa não apenas aumentar a arrecadação, mas também estimular o crescimento econômico e a competitividade empresarial.
Outro ponto relevante é a simplificação dos processos fiscais. A reforma pretende reduzir a burocracia associada ao cumprimento das obrigações tributárias, tornando mais ágil e acessível o cumprimento das responsabilidades fiscais por parte das empresas.
A digitalização e automação de procedimentos também são metas, visando modernizar a administração tributária e reduzir a evasão fiscal.
Além disso, a reforma tributária contempla uma revisão nas regras de incentivos fiscais, visando garantir maior eficácia na concessão de benefícios, a fim de promover setores estratégicos para o desenvolvimento do país.
No âmbito individual, destaca-se a discussão sobre possíveis mudanças nas faixas de renda e isenções fiscais. O objetivo é adequar as alíquotas de imposto de renda de maneira progressiva, garantindo uma tributação mais justa e alinhada com princípios de equidade social.
O impacto dessas mudanças será observado ao longo do tempo, à medida que a economia se adapta a esse novo cenário fiscal, e as implicações para diversos setores se tornam mais evidentes.
De toda forma, a estimativa do Congresso Nacional é que a Reforma Tributária só seja completamente implementada em 2033.
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